terça-feira, 22 de novembro de 2011

Líder Estratégico

Tudo na vida é resultado. Todo o resultado é conseqüência de uma estratégia.
Fracasso, sucesso, vitória, trabalho em equipe, envolvimento das pessoas, posicionamento no mercado, tudo isso é conseqüência de uma estratégia.
A pergunta é: Sua empresa tem uma estratégia definida?
Quando faço essa pergunta, normalmente ouço dois tipos de resposta:
- Não, não tem!
Ou – Claro que tem, só que é confidencial e eu mesmo desconheço!
A falta de estratégia, o desconhecimento de sua existência e até mesmo estratégias erradas têm sido o “calcanhar de Aquiles” das organizações.
Você já conviveu com projetos que não deram certo? Já presenciou equipes desmotivadas, descrentes em relação à possibilidade de alcançar metas impostas de “cima para baixo?”
Se sua reposta for sim, isso é o resultado de uma estratégia implementada por uma liderança que possivelmente não se atentou as cinco atitudes fundamentais para se obter resultados sensacionais.
A empresa é o retrato do Líder e tudo que nela acontece resulta das ações deste líder.
É importantíssimo que ele esteja preparado para os desafios internos e externos e que tenha flexibilidade para mudar os planos e manter sua visão.
Henry Mintzberg disse: “Quando o planejamento falhou, surgiu a visão. O grande líder – significando alguém com visão – viria salvar a organização”.
Toda organização que se respeita tem sua declaração de visão, missão e valores não apenas no papel e em quadros na parede, mas em todo o ambiente, no ar que se respira, todos os colaboradores conhecem, se envolvem e se contagiam com ela. Muitas vezes, até o mercado, os clientes estão cientes dessa visão.
“Se é verdadeiramente uma visão real, você nunca vai esquecê-la”, definiu Warren Bennis.
Existem cinco atitudes fundamentais para quem quer fazer parte desse seleto time de líderes estratégicos:

Visão;
Estar preparado para todas as ameaças;
Associar-se com os melhores;
Compartilhar estratégias;
Contagiar todos os envolvidos.
Visão

O líder deve parar de olhar para sua mesa e começar a olhar para o mundo. Perceber as tendências do mercado, buscar informações com fornecedores, colaboradores, concorrentes e olhar não para os clientes e sim através dos olhos dos clientes.

Estar preparado para todas as ameaças

Deve viver o futuro, com todas as suas possibilidades. O muito otimista é aquele que tem venda nos olhos para as ameaças. Como disse Drucker: “A melhor maneira de prever o futuro, é criá-lo”.
E para criá-lo, o líder deve ter informações, contar com a possibilidade de um futuro catastrófico, com mudanças vertiginosas no mercado e preparar sua estratégia para a possibilidade dessas perspectivas virem a tona. Deve jogar no lixo o velho ditado “Time que está ganhando não se mexe”. Dessa forma estará preparado para tudo. Qualquer acontecimento diferente dos piores imaginados trará resultados positivos e desejados pela organização.
Na segunda metade da década de 1980, a Rhodia tinha cerca de 13 mil empregados, dez fábricas em vários estados, faturamento acima de 1 bilhão de dólares, excelente lucratividade e uma certa autonomia em relação à matriz francesa. Foi escolhida a empresa do ano pela revista Exame.
Tinha um excelente líder estratégico, apoiado por uma diretoria competente, com informações sobre o mercado e as tendências do país.
Percebeu-se que os oligopólios químicos e têxteis, que tinham feito sentido até então, poderia ser fortemente abalados com a inevitável abertura de mercado que se prenunciava.
“Vamos mexer no time que está ganhando”, agiu o presidente da companhia.
O desafio era mudar precoce e substancialmente a forma de trabalhar, os processos, os níveis hierárquicos, quebra de paradigmas, foco no cliente e tudo isso com pesquisa e busca de informações no exterior trazendo consultores de classe mundial e livros de ponta. Talvez fosse mais confortável ficar usufruindo a glória de melhor empresa do ano com os olhos vendados pela excelente lucratividade da época. A prova de fogo chegou. Logo após a posse do ex-presidente Collor, foi promovida a rápida abertura da economia, desestabilizando as cadeias de produção e baixando os preços de matérias-primas de maneira histórica. A Rodhia, no entanto, devido a liderança estratégica, já estava revigorada e suficientemente voltada para o mercado para dar conta da situação e iniciar uma nova curva de crescimento.

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